
Minha Abordagem
Minha abordagem clínica é orientada pela psicanálise lacaniana, sustentada pela escuta ativa e pelo acolhimento da singularidade de cada sujeito. Entendo o sintoma não como um mal a ser extirpado, mas como expressão das faltas e marcas constitutivas que, quando acolhidas e significadas, podem revelar caminhos de elaboração e transformação. Na clínica, considero a psicanálise como um espaço de libertação, onde o sujeito não precisa se adaptar a um ambiente adoecido, mas pode conservar sua essência e, a partir disso, estabelecer limites saudáveis que lhe permitam sobreviver em contextos disfuncionais. O trabalho analítico não busca normalizar ou ajustar, mas abrir espaço para que o sujeito se reconheça em sua própria verdade e sustente seus modos de existir. Como psicanalista, Procuro articular teoria e prática, reconhecendo que a linguagem — via pela qual o inconsciente se manifesta — é atravessada pelas condições sociais, históricas e materiais. Assim, cada escuta implica também uma atenção ao modo como a realidade coletiva atravessa a experiência subjetiva. Esse olhar torna a clínica não apenas um espaço de elaboração pessoal, mas também um lugar de resistência, onde o sujeito pode encontrar recursos para afirmar sua singularidade diante das exigências normativas do mundo. Meu compromisso, portanto, é com uma clínica que alia rigor teórico e sensibilidade, promovendo um espaço ético em que o sujeito possa sustentar o próprio desejo, ressignificar seus sintomas e encontrar formas mais autênticas de existir.